
TDAH pode gerar aposentadoria? Entenda os direitos e benefícios possíveis
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que, apesar de afetar a vida de muitas pessoas, não é automaticamente reconhecida como uma deficiência pelo INSS. Contudo, em situações específicas, pode ser possível solicitar benefícios, incluindo aposentadoria, desde que atendidos determinados critérios.
TDAH e os benefícios previdenciários
Para que uma pessoa com TDAH tenha direito à aposentadoria ou a outros benefícios do INSS, é necessário comprovar como a condição afeta sua vida e capacidade de trabalho. Existem três possibilidades principais:
-
Aposentadoria por invalidez
-
Requer comprovação de incapacidade total e permanente para qualquer tipo de trabalho.
-
Exige contribuição ao INSS por, no mínimo, 12 meses, além de laudos que demonstrem a gravidade da condição.
-
-
Aposentadoria da pessoa com deficiência
-
Depende da comprovação de que o TDAH causa limitações significativas de longo prazo, dificultando a participação plena na sociedade.
-
O tempo de contribuição exigido varia conforme o grau da deficiência (leve, moderada ou grave).
-
-
Benefício assistencial (LOAS)
-
Disponível para pessoas com deficiência que vivem em situação de baixa renda.
-
Não exige contribuição ao INSS, mas requer comprovação de renda familiar inferior a ¼ do salário mínimo e avaliação biopsicossocial realizada pelo INSS.
-
Documentação necessária
Para solicitar qualquer benefício, é essencial apresentar:
-
Laudos médicos detalhados, indicando sintomas, tratamentos e limitações.
-
Comprovantes de contribuição ao INSS (no caso de aposentadoria).
-
Documentos pessoais e, para o LOAS, informações atualizadas do Cadastro Único.
O papel da perícia médica
O INSS realizará uma perícia médica para avaliar a gravidade do TDAH e seu impacto na vida laboral ou social. Essa etapa é crucial, e muitas vezes é necessário recorrer a especialistas em Direito Previdenciário para garantir a correta análise do caso.
Prazo de análise e recursos
Após protocolar o pedido, o INSS tem prazos que variam de 45 a 90 dias para análise, dependendo do tipo de benefício. Caso o pedido seja negado, é possível recorrer administrativamente ou judicialmente.
Se você tem TDAH ou conhece alguém que enfrenta essas dificuldades, entre em contato para buscar os seus direitos.